terça-feira, 11 de agosto de 2009

Coisa com coisa

Às vezes a gente se perde de tanto dar resposta vazia ou desconversar. Conforme nos desconectamos sequencialmente do assunto a respeito do qual nos questionam, vamos perdendo o horizonte e simplesmente não falando nada com nada. Invariavelmente, como o diálogo vive da ilusão de se ter um assunto, acabamos tocando atrapalhadamente em outro tema. No esforço de não pensar, largamos algo que nem responde o perguntado nem demonstra sã opinião a respeito do tema-substituto. Foi o caso do Paulo Duque, comentando a commedia dell'arte interpretada por Collor, Calheiros e cia. no Senado (que tanta gente confundiu com notícia política, quando tão obviamente era só vontade de aparecer no Casseta & Planeta). Paulo juntou um comentário que (1) não justifica o fato, (2) mostra (por deboche) o estado inútil em que anda a ABL e (3) expressa não saber que o dito estado é, na verdade, lamentável. Palmas para uma péssima resposta:

"Ninguém gostou. Houve quebra de decoro em série. Mas é preciso deixar claro que ali não é a Academia Brasileira de Letras para se tomar chá."

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