domingo, 13 de fevereiro de 2011

Gisele Bündchen e NY Post - nessas horas eu sou bem brasileiro

Gisele - indicando preocupação com todas as recalcadas do mundo
 Não saquei o choque do NY Post com as frases da Gisele. Talvez o que ela tenha dito sobre protetores solares não seja verdade, mas, caso alguém não tenha notado, tudo que é certo hoje é errado amanhã nesse campo de "coisas do cotidiano que a ciência recomenda". Ou já se esqueceram daquela de não comer ovo - deve comer ovo - a clara faz mal - a gema faz mal - tudo faz bem - ovo aumenta o colesterol ruim - ovo aumenta o colesterol bom? Sabe-se lá que médico diz que o protetor atrapalha a produção de proteínas e sabe-se lá que outro médico disse o contrário. E daí? "Gafe"?! Hardly...

Agora, pior mesmo é que fizeram uma lista das "piores". E nenhuma delas me pareceu nada de gafe também... Alguns exemplos citados por jornais brasileiros: "deveria haver uma lei mundial obrigando as mães a amamentarem seus filhos por seis meses". Bom, fazer uma lei que obrigue isso é um raciocínio um tanto PT demais, mas a intenção é boa (por outro lado, ei, eles venceram as eleições por aqui, não?). Pode soar autoritário para superdefensores da democracia nos detalhes nossos de cada dia, mas dificilmente ela quebrou alguma regra social de convívio, ou disse algo que soe uma completa imbecilidade. Imbecilidade é ainda termos pessoas que não fazem o que podem para amamentar os filhos ou, pior ainda, acreditarem que não precisam e resistirem à ideia. A "gafe" é dos ministérios de Saúde e Educação!

Outra: "ninguém mais é virgem quando casa... me mostrem alguém que é virgem". Sim, existem os crentes que seguem o mandamento DE VERDADE (nossa, até os recém-convertidos estão fora dessa contagem, em geral). Raros... E ela obviamente disse isso a respeito da média da população ocidental. Lamento, puritanos, ela está certa a respeito da esmagadora maioria.

Enfim, "não é porque outra pessoa deu ele à luz que ele não é meu filho", sobre seu enteado. Em princípio, hipernormal e até clichê de novela. Feriu os sentimentos da criança ou da mãe biológica? Bom, se a mãe biológica não merecia (e isso era, por acaso, um fato notório na comunidade de fofocas do mundo), então até poderia ter sido uma gafe. Mas esta justifica (ou justificaria) a ideia de que ela deveria "calar a boca", como disse o NY Post? Por quê? Ora, porque não existe prazer mais afim aos que falam sobre pessoas famosas e de sucesso profissional que xingar. Fingir que se está por cima, que se tem altura para mandar a "mulher mais linda do mundo" calar a boca. Uau! A vontade de pegar a fama emprestada pela difamação é tão ridícula quanto antiga. A gafe, me parece, foi da revista. E, pior, a tática, como sempre, foi tão ineficiente que a coisa toda é citada em referência à revista. Nem assim a "jornalista" conseguiu ter seu nome citado. Hora de superar o recalque...

PS: Ah, tô testando o twitter, enfim. Já é retrô o suficiente para o meu gosto. @retoricosincero (realmente mal começando, nem twittei nada ou achei muita gente).

Um comentário:

Anônimo disse...

verdade cara tu disse tudo.