domingo, 20 de junho de 2010

Só nos falta a igreja

Hoje o Dunga fez mais uma para ser odiado. Falou, na frente de um monte de repórteres (!), que cada Copa é diferente, até porque as equipes são diferentes e o trabalho a ser desenvolvido, portanto, também. Ora, ele está achando que há lógica e trabalho no futebol, quando toda a imprensa sabe que só há essencialismo e mágica.

Por que os jogadores agradeceriam a Deus por TODOS os lances positivos, se não fosse porque não há absolutamente mérito humano nas partidas? Como um torcedor poderia achar que um time é superior aos outros, se periodicamente os jogadores e técnicos trocam de clube, sem o conhecimento de que existe algo sobrenatural na camisa tal, no estádio tal, que transcende à lógica e ao olhar humano? Mas, mais grave ainda, como a imprensa poderia viver sem comentários como "Kaká fala em expulsão injusta; últimos vermelhos terminaram em título"?

Os vermelhos dos outros foram menos abençoados que os nossos em cinco Copas não por trabalho ou esforço, mas porque Deus é brasileiro, ou seja, gosta de futebol e escreve certo por linhas tortas.

Um comentário:

Carla M. disse...

E usa arbitros ladrões pra psicografar as linhas tortas, claro!