sábado, 19 de junho de 2010

Fazendo justiça

Eu falo certos palavrões com alguma pertinência e adequação. Ou seja, quase sempre que falo um, ele é aceito ou compreendido por contexto de modo que pouco passo pela situação de alguém chamar minha atenção ou reagir como se fosse algo muito forte para o momento. Mas às vezes recebo reações ao falar "porcaria"! Diversas vezes me chamaram a atenção como se "porcaria" fosse palavrão.

Desculpem-me, mas não é. Aproveitemos para lembrar de Forest Gump ("stupid is who stupid does") para ressaltar que "porcaria" vem do que faz o porco. Lembram do porco, o animal que vive em ambiente que não invejamos, que nos dá seu corpo em holocausto capitalista constante e de quem aproveitamos até a porcaria? Sinto muito, mas classificar "porcaria" como insulto é preconceito, especialmente se outras palavras terminadas em "ria" são assim classificadas apenas porque têm ligação pela raiz a determinado povo. Achar que podemos extrapolar insultos de animais, mas não gírias empáticas de povos humanos também é preconceito. Os outros animais não têm hoje mais direitos que nós?

Nenhum comentário: