quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Mãe de Deus e a tortura dos enfermos.

Duas horas de espera na emergência do Hospital Mãe de Deus (tempo de espera "pequeno", para o padrão do hospital) - mesmo com convênio. Testes e demora muito maior (quatro horas de função, boa parte das quais suportando a tortura dos sintomas - muita dor), diagnóstico: "ah, deve ter sido..."

Quando Cameron disse, no House, que diagnosticar é mais uma arte que uma ciência, ela não estava apenas se esquivando de apresentar à sua paciente que esta era terminal, ela estava dizendo a grande verdade expressa por médicos sempre que os procuramos com algo que seja menos que um câncer e mais que uma gripe. A incapacidade dos médicos de saber o que aconteceu com o paciente se seu problema não é ou muito grave, ou muito leve (ou seja, se não é algo que poderia ser diagnosticado por qualquer um - "tá vendo aquele tumor ali? É um tumor!"; "Ah, isso é gripe") não para de me impressionar. Não que isso afete planos de saúde, planejamento dos hospitais, atendimento dos doentes e parentes, preocupação do Estado com a saúde, hipocrisia da propaganda política (de todos os candidatos)... Definitivamente profissionalismo tem uma definição diferente, bem específica, para cada profissão.

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