domingo, 4 de abril de 2010

Criando um egocentrado

Uma família, com irmãos, tios, primos e sabe-se lá quem mais, reuniu-se numa praça. Enquanto uma criança voltava para um dos núcleos de adultos, outra estava parada em pé, de costas para um morro de grama e voltada para uma outra criança, um pouco maior. Essa criança repentinamente veio correndo para cima da menor e a derrubou no chão. Nada violento demais, mas a criança menor começou a chorar, aquele choro típico de violência que superou por pouco sua resistência para aceitar a pancada como brincadeira. Vinha se aproximando um tio desse piá. Perdido em pensamentos, ele só ficou sabendo que a criança na frente dele chorava porque alguém comentou. Ele olhou para a criança como se visse algo muito distante, depois seguiu seu caminho para sentar com outros adultos. Nesse grupo estava a mãe da criança que chorava. Ela estava sentada de costas para a galera, mas nesse momento se virou e, quando viu o filho sentado no chão, já parando de chorar por um certo cansaço (e porque obviamente o ferimento não fora grave), a mulher gritou com toda a severidade:

- Everton, sai do chão!

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