sexta-feira, 2 de abril de 2010

Coisas para não fazer em Porto Alegre quando se está morto

Ingenuamente, eu descartei que alguém pudesse suspeitar seriamente que Eliseu Santos (assassinado por tiros certeiros, numa situação claramente premeditada) fora morto simplesmente porque queriam roubar seu carro. Não: a Polícia Civil "concluiu" oficialmente que roubo havia sido mesmo o motivo de sua morte. Felizmente o Ministério Público discordou e seguiu uma investigação ligando sua morte a um dos vários motivos por que se poderia imaginar que pessoas estupidamente ricas o queriam mandado para uma melhor.

O Correio do Povo diligentemente noticiou a "virada" no caso, arrolando consequências da morte de Eliseu: o assassinato pode ter intimidado outras pessoas que poderiam contribuir no caso a ficarem quietas e também "impediu, acima de tudo, qualquer depoimento de Eliseu Santos."

Uau! É mesmo! Será que nossos repórteres realmente conseguem tirar conclusões tão geniais, ou será que a promotora de Justiça explicou isso para eles?

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