quarta-feira, 20 de julho de 2011

Duas vezes ministro, três vezes inseguro

Ministro fala como fazer; contradizendo suas ações, que falam por si.

Vamos ver se entendi: Paulo Sérgio Passos, que agora volta a ser ministro dos Transportes, foi questionado sobre aditivos contratuais (aumento nos gastos por redirecionamentos ou reorganizações de obras e serviços). Isso porque agora os critica, mas, durante o governo Lula, primeira vez em que ocupou o cargo, foram assumidos aditivos que somaram R$ 700 milhões.

A essa questão, sua resposta foi: "Entendo que os aditivos que foram celebrados foram feitos dentro da legalidade, dentro daquilo que prevê a Lei das Licitações, não há nenhuma transgressão do ponto de vista legal."

E essa afirmação tentou ser confiável? Já é curioso e suspeito quando alguém afirma confiar que determinada decisão não apresenta transgressões do ponto de vista legal, o que para mim sempre implica que transgressões há, mas de outros pontos de vista (como, sei lá, moral?), mas o sujeito reforçar três vezes é fazer emenda pior que o soneto. Agora, a emenda trágica mesmo é o complemento da afirmação. O ministro completou suas três juras esclarecendo que falava "de uma maneira geral, porque não cabe ao ministro de Estado ficar examinando projeto a projeto, nem tampouco aprovando nem assinando aditivos."

Bah, confiei...

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