quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Filosofias de uma noite de verão

Há quase um mês, a cidade esfria um pouquinho.. e torra de novo, esfria um poquinho... e torra de novo. Os dias de insistente e irritante calor são bem mais numerosos que os de calor suportável. Para quem não pode apelar ao ar condicionado, ou o pode apenas em circunstâncias muito restritas, a busca pelo vento se torna quase obsessiva.

Percebe-se imediatamente que, na maioria dos dias quentes, as folhas das árvores não se mexem, as roupas nos varais não balançam, nada se sente quando se sai à rua. Não há vento lá fora. Dentro de casa, o mormaço é irritante e fala por si: não há vento aqui dentro.

Mas nas janelas sente-se algo. Pequeno frescor. Um movimentozinho de ar um pouco mais agradável, um vento entre o ar parado da rua e o ar parado da casa... Impõe-se a conclusão de que as janelas mentem muito.

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