terça-feira, 4 de outubro de 2011

Os imorais

Eu adoro como se escreve livros infanto-juvenis e programas educativos alertando sobre riscos de drogas, violências e comportamentos de risco, tudo sempre indicando "para os jovens" tragédias que podem se desenvolver do seu cotidiano, para as quais talvez não estejam preparados... escreve-se sobre tudo isso, mas "não com a intenção de dar lição de moral".

Como assim? Não educam, então? Se estão falando sobre certo e errado (e estão!), indicando o certo, o fato de ser indireto, discreto, não torna menos lição de moral. Mais do que isso, o jovem que ouve a história espera, enxerga e acusa a lição de moral, a menos que concorde (e não esteja afim de incomodar), porque aí seria bem redundante e idiota: "Eu concordo com a lição de moral, mas é uma lição de moral..." - E daí?!

Por que esse medo em educar sobre certo e errado, hein? Eu entendo que aborto e homossexualismo possam ser assuntos complicados para esses termos, mas não dirigir bêbado e não provar drogas pesadas altamente viciantes não o são! Preconceito é um assunto sutil, mas evitar a violência, de qualquer tipo, contra qualquer pessoa, não é nada sutil nem precisa ser. É moral tão flagrante quanto simples e direta: "não violente outra pessoa"!

Se o papinho sobre não dar lição de moral é para evitar a detecção dos jovens, que não querem ser educados, é uma tática muito inocente, que subestima o público-alvo. Se é medo da moral mesma, então menos! Tudo bem dizer para adolescentes não se matarem. Todo o mundo concorda que é um fim construtivo. Não precisa ter vergonha de falar no que "é certo". Calma...

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