segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Capitalismo nosso de cada dia

Que feio, Pelé... tu assim, competindo?!


Na ânsia de ditar a única ordem possível e fundá-la na natureza humana, defensores cotidianos do capitalismo (e alguns teóricos) buscaram a todo custo identificar (literalmente) esse sistema e a competitividade, a meritocracia, o esforço individual e a relação entre egocêntricos que se aliam pelo próprio bem e terminam por gerar o bem de ambas as partes.

Perdidos em palavras de ordem, uma série de iconoclastas da boca para fora, revoltados sempre com a palavra "capitalismo", acreditaram na associação íntima, essencial e absoluta entre essas forças e esse sistema econômico. Sempre que lhes é útil, ou sempre que se cai em alguma situação previamente cunhada, qualquer competitividade ou esforço individual pode ser tachado de "capitalista" e desmerecido automaticamente por isso. Nem mesmo o esporte poderia resistir a isso, creio, apesar de que essas pessoas precisariam de alguém que lhes apontasse para o fato de que um nadador se esforça individualmente contra todos os outros a fim de vencer um prêmio em dinheiro. Isso pode muito bem não resumir o esporte, mas seria suficiente para evocar o clássico "Nossa, que coisa horrível isso, né?" que aparece frente às práticas "capitalistas" do ser humano.

Como dito, porém, essa associação pejorativa com a palavra tabu tende a ser feita quando a competitividade se encontra onde não a querem. Cai-se no mesmo problema que em qualquer situação de preconceito com objeto: como circundar um tabu para que se possa lidar honestamente com o problema?

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