sábado, 8 de janeiro de 2011

E tudo acabou bem



É tão, tão, tão raro um autor (de teatro, cinema, HQ, romance...) saber acabar bem o que começou, particularmente quando sua criação promete um bom desenvolvimento, que até esqueço às vezes como é possível haver muita coerência entre início, meio e fim. Spielberg, só para dar um exemplo de grande obra, bilheteria e nome, não sabe terminar um filme pelo menos desde o I.A. (ou A.I.). Pensando em quase outro extremo de produção, uma quantidade assustadora de filmes de horror terminam absolutamente da mesma forma, há muitas décadas.
 
Mas adorei o final de "Mine Vaganti", tristemente entitulado no Brasil "O Primeiro que Disse". Até mesmo os movimentos que poderiam soar como clichês poéticos são super bem realizados, de modo que a coerência dá aquela sensação boa de que as cenas não poderiam ter sido feitas de forma diferente, ou pelo menos de outras soluções seriam, no máximo, tão boas quanto as escolhidas. Enfim, só vim aqui descarregar a alegria em ver algo formalmente tão bem realizado.

Recomendado.


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