Tendo em vista os grandes problemas de leitura tanto de jornalistas quanto de gramáticos, problemas manifestos em milhares de jornais e sites discutindo o novo livro do MEC (e explicitados nesse texto), comecei a pensar em como me sentiria se fosse do RH ou dono de alguma empresa. Ora, se até gramáticos leem mal, não sendo capazes de interpretar frases de um livro didático nem perceber contradição entre texto citado numa matéria e a manchete da mesma (uma situada sobre o que estou falando aqui), como eu poderia me basear no currículo de um sujeito para julgar suas habilidades? Eu conheço professores com ótimos currículos e por quem não tenho nenhum respeito profissional, assim como outras situações me chamavam a atenção nesse sentido, mas o caso do "escândalo" do livro do MEC foi a gota d'água. Porém, foi também o que me deu uma ideia para uma solução.
Se fosse contratar alguém, não olharia currículo nem nada. Entregaria uma matéria de jornal falsa. A manchete diria algo a respeito do aumento da competência profissional no Brasil. A matéria indicaria exatamente o contrário. Perguntaria, então, ao candidato qual o ponto de vista do "jornalista" a respeito da competência dos brasileiros e quais os argumentos apresentados na matéria. Se o candidato respondesse o que estava na manchete ou não soubesse apontar e avaliar os argumentos, rua!
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