quarta-feira, 11 de maio de 2011

Auto-ajude-me

Comprei meu primeiro livro de auto-ajuda! 

Ok, é verdade que eu o descobri como de Educação e por seu autor desenvolver uma série de projetos e estudos que me pareceram muito importantes, totalmente voltados para as coisas que me incomodam na área. Quando vi que a livraria o classificava como "Auto-ajuda", não dei bola. Como Memórias Póstumas de Brás Cubas está sempre na sessão espírita ou na de biografias (ou simplesmente no genérico "Coleções", em que o grupo de livros da mesma editora livram os comerciantes de ter de achar nichos para os livros), não estranhei um livro que fala sobre crescimento e criatividade ser colocado ali. 

Só que o autor realmente quer apresentar uma questão que afeta tanto adultos quanto jovens - alunos, educadores e não-educadores. Além disso, ele é um britânico migrado para os EUA, então seu discurso "boa-fé" acaba soando mesmo no estilo auto-ajuda. Lendo, achei que o livro podia merecer a categoria, provavelmente aí vendendo mais do que se estivesse em Educação ou Pedagogia. Até que encontrei na introdução, depois de ele citar uns casos de pessoas que vivem de capacidades ignoradas pela escola, a seguinte frase: "But this book isn't really about them. It's about you."

Pô, aí não dá! 

Precisava apelar? Bom, pelo jeito, precisava. Ou esses anglos simplesmente não sabem mais escrever "para o público em geral" usando uma linguagem que fuja da eterna onda "Viva Melhor!".

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