Que merda essa morte do Osama, hein? O Obama tenta se focar só na dor das vítimas de 11/9 e na ostentação de poder dos EUA (o que em si já seria um problema), mas a população nas ruas e na Internet faz questão de cavar o buraco o mais baixo possível comemorando e tripudeando o que podem. Além disso, o assassinato dele provoca uma acusação direta do Hamas, o que quase não seria problema tão grave (já que era tão previsível) se hoje eles não estivessem para assinar a paz com o Fatah e ambos não estivessem se aproximando do Egito, o qual, mesmo sob a ditadura militar que era liderada por Mubarak, já indicou atenuação dos impedimentos navais à Faixa de Gaza e a intenção de aumentar seu contato com Irã.
Enquanto isso, os principais jornais americanos correram a "dar voz ao Oriente Médio", desde que reforçando como puderam a ideia de que "a guerra tem de continuar" - desculpem, a intervenção americana por lá. Mas, claro, não são os americanos que estão dizendo isso, imagina... E o Wikileaks, sempre pronto a pisar mais ainda, acusa que os documentos de Guantanamo dariam pistas há anos sobre o paradeiro do Osama.
Ou seja, a declaração direta do Hamas está num contexto que dificilmente poderia ser pior. Mais ainda, eles acusam os EUA por matar um mártir enquanto o Fatah critica não a morte de Osama, mas os métodos da política internacional americana, o que é representado como uma discordância entre as facções. Ora, dá mais a impressão de que vão fazer a velha dobradinha policial bom/policial ruim. O candidato acena para os moderados enquanto o vice apela para os extremistas.
2 comentários:
Pois é, as pessoas comemorando como se fosse a sloção para os problemas... vejo aí o começo (ou recomeço) de muitos problemas.
Espécie de update, não acha? Os mesmos problemas repaginados para os novos tempos.
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