terça-feira, 10 de novembro de 2009

Passando por Gregório, fica um pouco aqui...

Aquêle não sei quê, que Inês te assiste
No gentil corpo, na graciosa face,
Não sei donde te nasce, ou não te nasce,
Não sei onde consiste, ou não consiste.

Não sei quando, ou como, arder me viste.
Porque Fênix de amor me eternizasse,
Não sei como renasce, ou não renasce,
Não sei como persiste, ou não persiste.

Não sei como me vai, ou como ando,
Não sei o que me dói, ou porque parte
Não sei se vou vivendo, ou acabando.

Como logo meu mal hei de contar-te,
Se de quanto a minha alma está penando,
Eu mesmo, que o padeço, não sei parte?

Nenhum comentário: