... é empreendedorismo. Pelo menos é o que afirma a Câmara dos Vereadores de Horizontina, cidade do ultrainterior do RS famosa por ter sido berço de Gisele Bündchen (e ponto). A Câmara quer construir uma sede de 800 lugares, que vai custar 1,5 milhão de reais (TODO o orçamento deste ano da Câmara, a ser gasto ao longo de quatro anos de obras) ao município de 18 mil habitantes. Para contraste, citemos que, na última sessão ali ocorrida, compareceram, em multidão, cinco pessoas.
Sempre divertida, a Zero Hora diz que o prédio "já divide as opiniões", o que só posso ler como "vereadores, familiares e agregados discordam do resto da população mundial que tenha ouvido falar sobre a obra". Mais, a notícia indica "Há quem considere a obra desnecessária", como se o digno de nota não fosse de que haja ALGUÉM que tente argumentar que ela SEJA necessária.
O presidente da Câmara (PP - era de se suspeitar), Álvaro Callegaro, diz que a construção pensa o futuro de Horizontina em seus próximos 15 ou 20 anos. "Não tem por que fazer um prédio acanhado agora para depois termos de refazer". Além de insultar a sagrada cultura popular do puxadinho com essa afirmação e desrespeitar o princípio Iluminista da proporção (cidade acanhada, prédio público acanhado), esse Excelentíssimo fulano não revelou seus grandes planos para a cidade que, nas últimas décadas, foi de "pequena" a "do mesmo tamanho" em tempo recorde. Ninguém avisou que duas Giseles nunca nascem no mesmo lugar e que exportação de modelos não aumenta a arrecadação?
2 comentários:
Mas, cumpanhêro, essa obra vai gerar muitos empregos e renda para a população sofrida da nossa grande cidade acanhada de Horizontina, gerando desenvolvimento, aquecendo a economia e amenizando os efeitos da crise lá “dos gringo”...
ainda sobrando um trocado “pro santo”...
P.S.: “cidade acanhada, prédio público acanhado” foi ótimo! hehehehehe
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