Quando o processo contra a Yeda começou, eu comentei que os julgamentos públicos sempre seguem um caminho tortuoso que basicamente inocenta o alvo ao mesmo tempo em que diz para toda a população não-advogada que o mesmo era culpado. Além disso, tenho comentado às vezes que Yeda não tem feito nenhum passo difícil de reconhecer como inspirado em recentes brigas legais na política brasileira (e latinoamericana).
Pois bem: a comissão que julgava Yeda era de maioria aliada, chefiada porPedro Westphalen (PP), também apoiador da governadora. Este decidiu que Carlos Gomes, atualmente no PRB, tinha direito a voto, contra uma polêmica que surgiu justamente pela recente mudança de partidos do mesmo Carlos. A decisão do presidente da comissão não fechou o quebra-pau por pouco, mas foi suficiente para desligar toda a oposição da votação, o que entregou o arquivamento do processo nas mãos da base aliada. Ou seja, porque um deputado pôde votar, Yeda não foi inocentada, mas a discussão simplesmente ficou "para outro dia". Todo mundo é supostamente inocente no Brasil até que se prove o contrário, mas tendo grande parte do RS decidido há muito que Yeda é culpada (e não sendo apresentados a uma verdadeira discussão e julgamento, já que o processo foi arquivado), fica implícito que a culpada não será julgada devido a um problema legalista.
Portanto tudo está nos eixos, e o mundo não acabou ainda...
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