Ao terminar de cursar o Pró-jovem (ou, como o governo escreve, "ProJovem"), o sujeito deve ser capaz, entre mil outras coisas, de "continuar aprendendo ao longo da vida, tanto pela inserção no sistema de ensino formal quanto pela identificação e o aproveitamento de outras oportunidades educativas".
Ok, se educação significa "educação formal", o que já é uma concepção bem restrita considerando-se os campos de atuação e "formação cidadã" que o projeto almeja afetar. Nesse sentido, estaria certo, já que muita gente tem a noção de que certas coisas estão além de seu alcance - problema que de forma alguma se restringe ao público-alvo do Pró-jovem, na verdade. Por outro lado, considerando-se que o programa do projeto concebe ensino de forma tão ampla, entendo que alguém tenha de "aprender que continua aprendendo", no sentido de uma conscientização e valorização do desenvolvimento pessoal que todo mundo naturalmente faz. Mas precisar aprender a "continuar aprendendo ao longo da vida", como diz o programa, parece-me no mínimo estranhíssimo.
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