Falando sobre tudo de linguagem que chamar a minha atenção: placas, conversas, citações... Deem uma chance lendo aí embaixo e vão sacar o foco.
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Reconhecimento formal do metafísico
Um texto teórico metafísico (incluindo os que querem "superar a metafísica") pode ser reconhecido facilmente. Tradicionalmente suas citações estão apenas no original, mesmo que se tratem de frases inteiras em latim. Piadinhas internas de eruditos de línguas mortas possivelmente aparecem, ainda sem tradução. As maiúsculas proliferam-se progressivamente, e o que no início era substantivo nitidamente logo deve ser tratado como Substantivo. Combina-se a esses dois brilhos de genialidade, cultura e profundidade os erros do próprio português. As traduções são comumente feitas também de forma inspirada, de modo que siglas latinas ficam com acento, vírgulas erradas complicam ainda mais o sentido de um texto que quer ao mesmo tempo dizer e desdizer. O mais marcante, é claro, é sentirmos que algo aconteceu com o autor, ou o texto foi digitado errado, pois parece que se esqueceu de como o hífen funciona, ou tal-vez ele não saiba mais se-parar sílabas. Pu-lu/lam separações (bi)zarras das palavras, primeira-mente para indicar sentidos dú-bios, mas logo entrando-se no co-m-ple(to) nonsense. Bom, aí estamos em casa... Assim que alguma afirmação faz sentido direto, uma série de "explicações" em supostas paráfrases apresentam uma sequência incontável de jogos de linguagem para que tudo esteja embaralhado de novo.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário