Nosso governo ficou sabendo ontem da "revolução" digital. Começa a viagem quando até alguns alunos das (nossas!) escolas públicas já têm avatares. Bêbado por seus portentosos poderes, resolveu censurar a internet a respeito dele próprio. Imagine-se que coisa horrível descobrir que esse mundo novo é quase forrado das críticas mais virulentas a respeito de seus recém-chegados. Claro que o problema são os textos de gente significativa. Agora por que o pessoal que está publicando mais à vista, particularmente quem tem mais conhecimento de causa, seria justamente o alvo? Isso não vira mais louvação da babaquice ignorante? Os milhões de sites amadores são incontroláveis, então a censura não poderia dar conta a não ser que impedisse o acesso a internet no país todo, mas fica barrado quem pode ter algo a dizer ou que pode efetivamente ser ouvido por muitos com atenção? Viva a ignorância.
Como instituições muito mais poderosas que o Brasil já tentaram e desistiram de controlar a internet dessa forma, não deixava de haver certa comicidade na proposta. Mesmo assim, censura causa reações ainda que apenas pensada, e a Câmara tentou voltar atrás a esse respeito. Buscaram garantir que haja "liberdade de expressão", desde que com direito de resposta e sem anonimato, que foi "vedado" conforme eles. Hehehe. O que ainda pode ser feito anonimamente? Doações para campanhas...
PS: outdoors foram proibidos, o uso de carros de som segue permitido. Não teremos propagandas das quais escapamos virando o rosto, mas somos obrigados a ser atrapalhados e ensurdecidos por aquelas músicas imbecilizantes e aqueles discursos dos anos 1970, se não anteriores. Trabalho intelectual durante as eleições, nunca mais.
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