Eu não curto, não assisto, mal jogo e jogo mal futebol. No entanto, Deus e eu somos brasileiros (ambos de nascença, claro, porque nosso país é um caso típico de geração espontânea), e o Brasil é o país do futebol. Talvez por isso Ele tenha posto no meu caminho, quase todas as manhãs, críticas e noticiários futebolísticos, particularmente nos primeiros cinco minutos em que estou acordado, quando a disposição de fugir desses informativos ainda não é tanta. Imagino que sejam bastante comuns, antigos clichês, mas me chamou a atenção que estes aqui nunca falham. Toda manhã escuto pelo menos duas das seguintes ideias ou frases (demais para quem não quer saber de futebol):
"No campeonato tal, todos querem ganhar, e ninguém quer perder"
"O time X quer vencer a partida contra o time Y"
"A gente quer ganhar e vai fazer o melhor para isso"
Como nenhum outro esporte (nem futsal, diga-se de passagem) produz comentários tão idiotas?
3 comentários:
A eloquência das pessoas envolvidas nesse meio futibolístico me impressiona. Só uma vez isso foi diferente: conheci um mestre em filosofia, torcedor do São Paulo, que tinha como objetivo escrever um trabalho sobre crônicas de futebol. Juro que queria ver.
Respondendo à indagação final: são anos de prática, colega. O futsal ainda tem que comer muito feijão com arroz para chegar nesse nível...
Tem que ver se esse professor não caiu no mesmo problema do Nelson Rodrigues, que escrevia as melhores crônicas de futebol quando o jogo era mal mencionado e ele mais filosofava ou poetava do que outra coisa, Vida.
E, Clark, acho que o problema é o tipo de alimentação. Muitos esportes matusaléns não produzem porcaria discursiva. O problema não seria com o que que andam alimentando essa gente?
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