Mas, como a maioria das aventuras em que nos envolvemos sem muita noção do que estamos fazendo, descobri também coisas boas nessa experiência que jamais teria me imposto conscientemente (dar aulas a 0 graus Celsius ou menos - sensação térmica). Por exemplo, descobri que sobreviver ao congelamento dá superpoderes.
O que um professor congelado pode fazer:
- tocar na água com conforto: a torneira libera água mais quente que sua mão;
- pisar descalço no chão do banheiro (ao chegar em casa): seus pés efetivamente aquecem expostos ao chão;
- reunir antissociais aos grupos: qualquer aluno admite que é melhor sentar perto dos outros que longe;
- passar pelo fogo: não adianta fazer café, então é melhor usar o fogo embaixo da chaleira, que não o fere;
- sobreviver sem oxigênio: entre respirar fora das cobertas e ficar sem ar embaixo, o corpo aprendeu que é melhor ficar embaixo mesmo, já que não sabe quando a mente sadomasoquista do professor o forçará a voltar para a sala de aula.
5 comentários:
Ainda bem que tu sobrevive!
Bom saber que é boa notícia. rs
Bah, eu tenho super poderes! Gostei de ver que aplico uma prática pedagógica tão cheia de vigor! Será que Freire iria achar o "se parar,congela" libertador?
Sofrimento transformado em ferramenta pedagógica? Tenho que ele certeza que ele nos olha do Além e sorri... :P
Claro que é boa notícia, fico menos preocupada com o fato de que tu tenha esquecido o cachecol, rs.
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