O Brasil saiu da Copa, ou seja, tchau programação diferente (infinitamente melhor que a usual, mesmo para quem não gosta de futebol, como eu), tchau cores do Brasil enfeitando os lugares, tchau horários de trabalho e estudo dinâmicos e variados. Voltamos à sonífera regularidade de horários e programação e à decoração clean/McDonald's dos restaurantes que não sejam temáticos. A campanha e sua retórica milenar voltam a dominar os jornais, e leis ridículas perdem um pouco do terreno para passarem desapercebidas pelo público.
Infelizmente, no país do futebol, a Copa não deixa de ser assunto, de modo que o xingamento do Dunga (ou de quem quiserem culpar) vai dominar os próximos quatro anos, em vez de a valorização hipócrita de sua estabilidade e segurança. Primeiro um estrondo de críticas e de gente tentado escalpelar a perda para valorar suas próprias manias e crenças, depois o paulatino enfraquecimento dessas reclamações, tornadas meros temas para quebrar o gelo em situações de convívio forçado. Enfim, a Copa acaba para virar incomodação de pé de página em vez de orgulho nacionalista. De qualquer forma, suas benesses ficam para trás a partir de hoje, seus dejetos nos acompanharão até, quem sabe, 2014.
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