quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

O ato honrado de abrir mão do que não é seu - ou, Politics 101

"Governo do RS confirma renúncia de Simon a superpensão" - Folha de São Paulo

Sabem que no fim do ano passado o senador Pedro Simon pediu aposentadoria por ter sido governador do RS? Sabiam que ele não podia fazer isso? Ele reclamou que, justo agora que pediu, finalmente vão cassar, esse tipo de pedido, que nasceu "para ser franciscano"!!! Disse que pediu agora porque já não conseguia manter a casa!!!!!! Já estava brigando com a mulher!!!!!!!!!!! Nossa, ele deve ser horrível com dinheiro. Como será que lida com as responsabilidades de ser senador?
Bom, a OAB começou a desencavar problemas parecidos em outros estados, e acabaram acumulando o caso do RS para dar peso à questão, suponho. A notícia pareceu quase nascer por sorte aqui: descobriram que as contas do estado não estavam quitadas, que o governo da Yeda tinha mentido na grana para defender sua bandeira de "fiz o que vcs não queriam, não fiz o que queriam, mas tudo para poder zerar a dívida". Ao que parece, uma revisão das contas erradas deixou picando a sacanagem do Simon.

Ok, agora ele pediu para não receber. Mas podemos renunciar ao que não temos direito? Como é que o pessoal fraseia que o Simon pediu para não receber sem entrar minimamente no mérito de que ele não podia ter PEDIDO antes. Agora, que tá todo mundo em cima das contas das pensões estapafúrdias mais diversas, ele faz a "nobreza" de se adiantar e cortar antes os ganhos, e fica como ato de renúncia, como "abrir mão"?

Eu gostaria de saber o que vai acontecer com a grana que ele já recebeu. Bom, eu imagino...

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