Foi um feriadão de muito material, mas nenhuma conexão na internet. As frases preciosas pululam quando não temos contato com nosso blog, voltado a questões bizarras ou engraçadas de linguagem (recapitulação para quem já esqueceu de que este blog deveria tratar...). Eu fico, enfim, com uma capa de jornal e um fato. O fato é simples: desde o colégio um feriadão significava mais trabalho, nunca descanso. Finalmente estou com os afazeres organizados de tal forma que tive meu primeiro feriado clássico em mais de uma década. Claro que passei os dois últimos dias carregando peso e com o nariz cercado pelo pó, mas isso é outra história.
Bem, a primeira página de jornal em questão é a capa do Correio do Povo de hoje. Genial! Edição de 7 de setembro, toda voltada para o exército e marcada pela comemoração da Independência (com a cerimônia clássica na Redenção, chamada oficialmente de Parque Farroupilha!). Há na capa matéria sobre a abertura do Acampamento Farroupilha, sobre uma peça de avião que caiu em Cachoeirinha, e a manchete estampa o caso de um sargento que andou invadindo os dados de todo mundo em Porto Alegre, seja o sujeito de esquerda ou de direita, notável ou imperceptível. Atrás de todas essas contradições e dessa comemoração nacionalista e militar marcada por uma denúncia contra um sargento, uma tarja verde-amarela suavizada cruzava o fundo da folha. Adorei. Não pude tirar foto, sinto, mas fica aqui o registro desse acontecimento da semiótica, uma primeira página com tantas antíteses que era quase um poema.
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