quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Leia "Papai Noel, este desconhecido" ou colecione "Correio do Povo: dicas de vida"

Autopromoção é uma coisa, mas o Correio do Povo levou-a a extremo nunca antes visto: colocou-se, como jornal, no fundamento da cultura ocidental.

Promovendo o fato de participarem de uma campanha cujo nome já merecia seu deboche ("Acima de tudo, Natal é Cristo!", numa empresa de notícias), tentam um enrolation natalino dos mais curiosos. Por exemplo, conforme o jornal, o presidente da Associação dos Dirigentes Cristãos de Empresas, um dos responsáveis pela campanha, "destacou que a intenção de divulgar o verdadeiro espírito do Natal nasceu há quase 30 anos, quando um artigo de opinião do Correio do Povo expôs o real sentido do Natal, que é festejar o nascimento de Cristo". E quem morreu antes desses 30 anos? Ficou sem a "Boa Nova" o coitado? Não satisfeito, o jornalista realmente expõe que o Natal é um ritual cristão. O mesmo presidente, aliás, nos tranquiliza: "Nada impede que as famílias festejem e troquem presentes. Afinal o presente é um ato digno". Ufa! E eu achando que ia para o inferno por todos esses anos presenteando amigos e familiares!

Para finalizar, não podia faltar a "crítica social": "O presidente da Gelpa [Grupo de empreendedores evangélicos-luteranos] (...) disse que está na hora de a sociedade moderna e materialista 'parar de comemorar o aniversário sem o aniversariante'". Essa ideia foi repetida as mais diversas vezes, no minúsculo texto, de TANTO que o jornalista tinha a dizer sobre o Correio revelando e desvelando o "Verdadeiro Natal!"

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