Uma mulher no poder? Lá de onde eu venho não tem disso não... |
Faltam dois dias para recebermos mais uma vez Ahmadinejad no Brasil! Ele vem por causa do Rio +20. Obviamente seu objetivo é "estreitar relações" com Brasil, um dos grandes países a aceitar seus crimes de Estado e o terrível sistema político do Irã.
É um desafio para mim entender o que a proposta de um "mundo sustentável" tem a ver com perdoar um Estado teocrático daqueles. Mas, na verdade, nem entendi ainda como um país democrático (especialmente se o país se anuncia internacionalmente como democrático) recebe ditadores e assemelhados. Os governantes do mundo, porém, não apenas lidam bem com a situação como a repetem inúmeras vezes, com toda a tranquilidade. Os governos da América do Sul, então, são especialistas nisso (o Brasil tem até uma Associação de Amizade Irã-Brasil!!!). E o discursinho de um mundo diferente, possível somente longe dos EUA, sempre marca presença nas contorções retóricas que permitem esse tipo de amizade. Além do mais, com o que a Dilma já arregou para militares aqui, o que seria cumprimentar e conversar animadamente com a misoginia encarnada, né?
Por outro lado, contorções retóricas as temos para o principal problema: o programa nuclear iraniano. Até que se prove cabalmente que ele é mesmo militar, o Irã pode ser desculpado, por alguns, como inocente. Por isso, Ahmadinejad e seus companheiros não permitem de jeito nenhum que os países interessados analisem direito o que rola por lá. Nada suspeito, né?
O Mensalão também, se não for julgado, segue sendo uma acusação vazia. Para alguns... Curiosamente, para os mesmos que aceitam o segredinho de Ahmadinejad com seu urânio. Assim, nosso governo toma a mesma tática: atrapalha e atrasa a investigação a fim de impossibilitar a acusação cabal.
Aqui, a acusação prescreve, e seguimos com a currupção impune. Lá, a acusação sem provas só tem prazo de validade até o mundo ir pelos ares.
Nenhum comentário:
Postar um comentário