Uma das definições que mais gosto de Nietzsche é que "o ser humano é o animal doente", particularmente porque ela complementa sem conflito a de Aristóteles que também curto muito, "o ser humano é o animal político" (lato sensu).
Agora, eu não sabia a história dessa crítica do Niti. Ou, se ele também não soubesse, o que é pouco provável, que a tal ideia de nossa doença intrínseca tinha antecedentes notórios na Alemanha. Novalis havia dito que era a doença da existência que nos separava de plantas e animais. Goethe, em crítica a isso, em parte, havia chamado a arte romântica de "poesia de hospital". Bem, já que, a partir do século XIX, somos todos românticos, as duas afirmações dão um passado e um contexto muito relevantes para a frase pejorativíssima do bigodudo.
A ideia era pejorativa para Goethe como para Nietzsche, apesar de que este a ampliava para toda a raça e, tecnicamente, falava de algo que podia estar inscrito no "inconsciente" de Novalis (para Nietzsche), mas não ia no sentido que Goethe parece ter querido indicar. Nietzsche creditava nossa doença ao alicerce construído pelos monoteísmos para a moral social, ou seja, à cultura de todos nós.
A ideia era pejorativa para Goethe como para Nietzsche, apesar de que este a ampliava para toda a raça e, tecnicamente, falava de algo que podia estar inscrito no "inconsciente" de Novalis (para Nietzsche), mas não ia no sentido que Goethe parece ter querido indicar. Nietzsche creditava nossa doença ao alicerce construído pelos monoteísmos para a moral social, ou seja, à cultura de todos nós.
Não sei se a história é mais longa ainda. Veremos, afinal, com outra máxima que valorizo: vivendo e aprendendo.
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