Voltava do trabalho em horário particularmente inadequado para a segurança pessoal, como me é de costume, quando escutei um cachorro latindo obsessivamente. Levei quase um minuto, aproximando-me de seu latido, para enxergar para o que latia: outro cachorro. Voltei a pensar sobre um tema que me intriga, o reconhecimento especial que os animais dão a outros indivíduos da mesma raça em detrimento de todos os outros seres vivos, indagando sempre como isso se dá mesmo em seres pouco racionais.
Falando em seres pouco racionais, aliás, foi então que um solícito ser humano que passava ao meu lado ressaltou que, por um algum motivo obscuro, eu havia dado destaque para a busca de um cachorro por outro e não para o fato de que isso era feito por um latido. A forma como esse ser humano me chamou a atenção para tal falha não foi me apontando o problema no meio da rua, mas sim ele mesmo procurando outro ser humano, que havia reconhecido de longe, no escuro:
- Tô te vendo, Juliano... Vô te dá-lhe pau!
Um comentário:
Uau! A vida noturna do Leopoldina sempre me impressiona! Tome cuidado lindo!
Beijocas!
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