Ao que parece, o governo quer mesmo pagar um auxílio (as bolsas, que antigamente existiam para auxiliar o estudo e hoje em dia servem para acompanhar absolutamente qualquer ação do Estado) para as famílias de detentos. É óbvio que isso gera uma enxurrada de críticas, mas o que as pessoas em geral não parecem entender é que não basta um lado da discussão estar errado (digamos) para o outro estar automaticamente certo. Existe uma infinidade de posições potenciais em qualquer disputa, de modo que é bem possível cem pessoas tomarem posicionamentos diferentes e nenhuma delas falar coisa que preste.
Chegaram a mim algumas reações exaltadas contra essa proposta, com aquelas coisas de "o jeito é matar todo mundo" ou "tem que explodir os presídios" e tudo o mais. Não apenas essas respostas propõem realmente que a vida real é um jogo da Grow (já nenhum jogo de computador é tão básico), elas se pretendem novas.
O mais irritante é que esses "cidadãos honestos" não conhecem absolutamente o grupo de pessoas de que falam. Se conheceram algum ex-detento, ou alguém em regime semi-aberto, provavelmente não sabem. Mas não deixa de ser incrível justamente que achem (pra valer) que a tal proposta genocida nunca foi feita antes, que nunca se usou banho de sangue para se "salvar" um determinado grupo de seus problemas por meio da chacina de outros. Ora, nunca ouviram falar nada sobre a história da América, da Europa, da África, da Ásia, da Oceania? Essa tática não é uma nova sandice, é uma burrice muito velha, e muito aplicada. E alguma vez funcionou?
Um comentário:
Ninguém nunca ouviu falar nada de história, de lugar nenhum, ao que parece.
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