As chuvas se tornaram tão importantes para as manchetes do Rio Grande do Sul que o Correio do Povo resolveu fazer primeiras-páginas que só falam disso, como a de hoje. Cada manchete do jornal mostra um aspecto destruidor das águas. Mas o que me deixa tranquilo, feliz no meio da destruição e confiante num Rio Grande melhor é a recorrente fotinho da Yeda in loco fazendo cara de séria. Com certeza ela estar presente para olhar mais um ponte que caiu vai fazer toda a diferença para seu planejamento. De fato, se Bush tivesse ido ao Oriente Médio franzir o cenho na frente de soldados americanos mortos, a guerra "contra o Terror" já teria terminado.
O fato de que estar in loco permite estar apenas em um dos diversos pontos que enfrentam problemas pela chuva não deve nos desanimar. A intenção da governadora com certeza não é ver tudo o que está arrasado ou arruinado, ela sabe não conseguir estar em todos os lugares ao mesmo tempo. O que ela quer é não estar em um lugar muito específico. Qualquer outro vale. Ela tem razão: Porto Alegre está em sua época de cansativo abafamento. O calor da capital e a atração tão popular por mortes e destruição redundam na conclusão de que não é hora de ficar na capital, mas sim de pegar o helicóptero e ir assistir tragédia - nunca se esquecendo da careta de seriedade.
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