Uma coisa curiosa de trabalhar com a coisa pública é que um feriado é mais sensivelmente voltado à coisa privada, mesmo quando é a coisa pública que está sendo comemorada. É claro que coisas como responsabilidade e salário fazem com que a coisa pública seja também preocupação com a coisa privada, o que deixa o feriado pela coisa pública ainda mais em busca de símbolos da dedicação à coisa privada. Por outro lado, isso intensifica a sensação de trabalho quando se pensa na coisa pública premeditadamente, afinal, o trabalho está logo ali esperando. E não é que não existam resposabilidades privadas para além daquela com a coisa pública, então dedicar-se mais ao trabalho pode ser uma marca de que a coisa pública está um pouco mais distante, mas isso também faz com que pese mais na mente a previsão da coisa pública quando ela voltar a ser o centro de minhas atenções.
O problema dos feriados é sempre fazer o trabalho pesar mais. Dizem que o descanso é necessário e que não adianta seguir a vida sem pitstop, mas às vezes é difícil acreditar que não seria melhor resolver tudo logo de uma vez e ter férias maiores... É claro que, na falta de feriados, teríamos apenas mais trabalho, não mais férias.
Nenhum comentário:
Postar um comentário