"'Quando fumei maconha, me senti gorda e paranoica': Campeã de bilheteria, a atriz - cujo personagem em Simplesmente complicado também usa a droga - revela como faz para se manter bela e desejada aos 60 anos".
Eis a chamada para uma entrevista com Meryl Streep! A forçada junção de personagem e atriz pela experiência com maconha serve para um comentário desnecessário que aglutina indistintamente a prática da primeira ("usa a droga") e uma experiência nitidamente pontual da segunda ("quando fumei", seguido de uma descrição aparentemente nada favorável do efeito). Tudo isso para colocar a fala da maconha no título? Por que seria grande coisa, algo chocante, que alguém tenha provado maconha? Essa é a "grande fala chamativa" que o cara conseguiu destacar numa conversa com Meryl Streep?!
Bem, a primeira pergunta da entrevista já diz muito. Sendo a atriz que mais concorreu ao Oscar (16 vezes), ela "perdeu" muitos, é claro. No caso, o último que ela ganhou foi em 1983. E o cara, tendo tanto a explorar, coloca uma pergunta a respeito, e da seguinte forma: "Não é frustrante perder sempre?"
Claro que, se o objetivo, como indica a manchete, era descobrir como ela se mantém "bela e desejada", não podia ter ido muito longe mesmo. Mas talvez fosse o caso de colocar esse jornalista a entrevistar Sabrina Sato ou Luciana Gimenez.
Nenhum comentário:
Postar um comentário